Wednesday, November 30, 2011

Paul McCartney - McCartney


Em geral, eu gosto de Paul McCartney. Mas, após ouvir, re-ouvir e ouvir novamente este disco e não chegar a conclusão nenhuma, só posso dizer que o disco não fez diferença nenhuma na minha vida... Fazer o que? Às vezes acontece. Ou é isso, ou eu não prestei atenção. Mas... Três vezes? É demais, né?

Monday, November 21, 2011

Planeta Terra 2011

Justamente por não ser freqüentadora assídua de shows, minhas incursões no meio são sempre cheias de aventura. Nunca é simplesmente ir, assistir ao show e voltar. Sempre acontece alguma coisa. E dessa vez não poderia ser diferente.
Ir ao Planeta Terra com o namorado, por si só, já era novidade. Mas ainda dava para piorar, ou melhorar, depende da concepção de cada um. Tudo começou com a viagem de ida para São Paulo. Entramos no ônibus e um ser tossia sem parar, alucinadamente. E eu nem podia reclamar porque afinal, já passei pela situação (tenho certeza que todos os passageiros do vôo da Ibéria para Madrid, do dia 19 de Agosto de 2008 devem lembrar-se de mim até hoje, pois eu tossi a noite toda e não deixei ninguém dormir... hehehehe). Mas o problema não é tossir... era como ele tossia, que tornava impraticável ficar quieto. Afinal, eu e o namorido não somos boa gente e um ser que tosse e geme o tempo inteiro é material para falar e rir durante as 3 horas e meia de viagem. Fora pessoas dormindo, roncando, a gente quase perder o ônibus na parada do posto (ok... não foi tanto assim. Mas eu sou muito dramática).
Enfim, chegamos a São Paulo e ao show. E aí, mais uma historinha. O segurança vira pro namorido e pergunta: “Você tem drogas no bolso?” Ele respondeu: “Não.” E o segurança: “Pode passar.” Ahn? Como assim? Então é tão fácil assim, é? Tudo bem, ele não tinha drogas no bolso mesmo, mas muita gente tinha (a fumaça durante os shows não negava isso).

Ser no Playcenter ajudou muito. Afinal, como eu já disse em outro texto, é preciso muita logística para juntar 20 mil pessoas num único lugar e o fato de o lugar já ser preparado para receber muita gente ajudou bastante. Havia muitos banheiros (os do lugar e mais um milhão de banheiros químicos) o que dificultava (mas não evitava) a formação de filas, a praça de alimentação era bem estruturada e você não ficava três horas esperando para comer. Os bares, então, atração a parte: além de vários espalhados pelo parque, ainda havia uns carinhas com mochilas térmicas, latinhas e copos, e uma plaquinha onde se lia “Bar” que ficavam circulando pelo lugar, tornando muito mais fácil a vida de quem queria beber cerveja.

Em relação aos shows, chegamos a tempo de ouvir o final do show do “Garotas Suecas” e depois assistimos, também o final, do show de “The White Lies”, uma banda que eu jurava não conhecer mas que toca uma série de músicas que, inclusive, fazem parte da lista do meu player (numa demonstração incrível da minha incapacidade de relacionar nomes de bandas a nomes de músicas). Depois veio “Toro y Moy”, que eu confesso só ter assistido por indicação do Mark (Std11), mas que no final das contas foi bem legal (novamente eu jurava não conhecer nada mas já tinha ouvido – e gostado – de várias músicas).
Depois disso, minha investida no Indie Stage acabou. Afinal, começaria o show de “Interpol”, uma das bandas que eu tinha ido lá ver. Tocaram as músicas do disco novo, que particularmente não é um dos meus preferidos, mas também presentearam o público com sucessos como “Slow Hands” e “Obstacle 1”, que trouxeram a recordação de várias festas (pelo menos para mim) e fizeram todo mundo dançar e cantar com eles.
“Beady Eyes”, por sua vez é aquilo: bom pra quem gosta, mas não para mim. Musicalmente falando, o show pode ser impecável, mas eles são muito chatos. Eu nunca gostei de “Oasis” e “Beady Eyes” para mim, não mudou grandes coisas. Gosto de uma música ou outra e é só. Mas Liam Gallagher, é um chato de galochas e o show deles, sinceramente me deu sono. A tonalidade de voz do cara é sempre a mesma, as músicas muito lentas, enfim. Não gosto, e pronto. Além disso, nessa hora, as milhares de pessoas que tinham ido ali ver “The Strokes” já estavam aglomeradas na frente do palco tornando quase impraticável ficar por lá.

E então, chegou a hora. “The Strokes” subiu no palco e eu, sinceramente, não enxerguei absolutamente nada nas três primeiras músicas. Além de não conseguir respirar direito, tamanha a aglomeração. Nessa altura eu já tinha desistido de fotografar e estava pensando: C@#$%, vim aqui só pra ver os caras e não vou ver. Então, eu e o namorido demos a volta e fomos bem lá para trás. Aí sim. Era possível ver a divisão entre quem estava por La pela obrigação de ver Strokes, porque eles são os queridinhos da mídia e “se você quer ser legal tem que gostar deles” e quem realmente queria curtir o show. Estes últimos estavam lá atrás, cantando, dançando, bebendo cerveja, como quem está numa grande festa. E por falar em festa, foi como eu disse para o Mark, com Strokes e Interpol, o Planeta Terra estava parecendo festa do Std11. Hehehe
O show foi lindo! E valeu cada centavo e cada loucura feita para comprar o bendito ingresso.

E agora... bem, agora as pérolas!

- “Will you wait for me now?” palmas para o GPS natural do meu namorado. Ele me deixava sozinha, na muvuca, ia buscar cerveja e voltava e me achava. Isso quase o show inteiro, claro. Até que...

- “I'll be waiting for you baby”: Até que a gente foi para um lugar mais vazio. Ele foi buscar a cerveja, não conseguiu me achar e ainda ficou sem a cerveja que foi derrubada por uma garota dançando descontroladamente. A cara dele quando chegou em mim, muito tempo depois e sem cerveja foi engraçadíssima. Mas o melhor é que ele foi de novo e quase me perdeu de novo. Kkkkk

- “Are you ok?” Depois de quase 24 horas acordados, qualquer um apaga. Mas meu namorado apagou de verdade. E deu um show. Quando o ônibus parou, na volta, eu perguntei para ele: “Você vai descer?” E ele: “ahn?” Eu: “vai descer ou não vai?” Ele: “E você vai descer?” Eu: “Vou, agora anda logo porque eu preciso ir no banheiro.” Ele: “Tá.” Aí, descemos e ele solta a pérola: “Que parada é essa?” Eu: “O que?” Ele: “Que parada é essa?” Eu: “Do que você está falando?” Ele: “E a água?” Eu: “Que água?” Ele: “Quanto que já gastou?” Eu, já irritada: “Do que você está falando?” Ele: E quem ficou cuidando de mim? E o pessoal que estava lá atrás?” Eu: “Tá dormindo?” Ele: “Não consigo explicar”. De repente a criatura acorda... gente, durante todo esse tempo ele estava andando comigo pelo posto e dormindo. Só acordou depois... Pergunta se eu ri pouco?

(As frases em itálico são das músicas "12:51" e "Under cover of Darkness"